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Rev. baiana saúde pública ; 46(3): 258-275, 20220930.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1417737

ABSTRACT

O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida de pacientes com câncer do trato gastrointestinal em um hospital oncológico no Maranhão. Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa realizado em um serviço oncológico com pacientes em tratamento, aplicando-se o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality-of-Life Questionnaire (EORTC QLQ-C30) para avaliação da qualidade de vida. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e do teste t, considerando nível de significância de 5%. A maior parte dos participantes eram do sexo masculino (62,7%), na faixa etária de 50 a 79 anos (74,5%), de raça/cor parda (86,2%), casados/em união estável (47,0%), católicos (52,9%), com ensino fundamental (58,8%) e renda de um a dois salários-mínimos (58,8%). Com relação às variáveis clínicas, a neoplasia de estômago predominou em 58,8%, sendo diagnosticados entre seis meses e dois anos (52,9%). Quanto ao tratamento, 47,0% iniciaram-no em até três meses, além disso, havia aqueles que estavam no segundo tratamento (72,5%). O tratamento quimioterápico representou 94,1% dos pacientes e, quanto aos fatores de risco, não fumantes representavam 54,9%, etilistas 60,7%, e sem histórico familiar de câncer 49,0%. Em relação aos escores de saúde global, a média foi de 64,5%, o sintoma da insônia de 39,2%. Já em escala funcional, o comprometimento físico foi de 78,8% dos pacientes. A qualidade de vida foi considerada satisfatória pelos pacientes. Apesar disso, o funcionamento físico apresentou menor impacto que o emocional, o que representa melhores tratamentos com menores efeitos físicos, visto que os pacientes oncológicos tendem a apresentar mais limitações na função física, o que torna inferior sua qualidade de vida.


This study aimed to evaluate the quality of life of patients with cancer of the gastrointestinal tract in an oncology hospital in Maranhão (Brazil). This is a cross-sectional study with a quantitative approach, carried out in an oncology service with patients undergoing treatment, applying the European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality-of-Life Questionnaire (EORTC QLQ-C30) to assess the quality of life, the data were analyzed by using descriptive statistics and T test considering a significance level of 5%. 51 male patients participated (62.7%), in the age group from 50 to 79 years old (74.5%), of brown color (86.2%), married/in stable union (47.0%), Catholics (52.9%), having elementary schooling (58.8%), and income of 1 to 2 minimum wages (58.8%). Regarding the clinical variables, stomach neoplasms predominated in 58.8%, they were diagnosed between six months and two years (52.9%). As for treatment, 47.0% started with up to three months, were in the second treatment (72.5%), 94.1% had chemotherapy, and as for risk factors, non-smokers were 54.9%, alcoholics were 60.7%, and those without family history of cancer were 49.0%. Regarding the global health scores, the average was 64.5%, insomnia symptom was 39.2%, and in the functional scale, physical impairment was 78.8%. The quality of life was considered satisfactory by the patients. Despite this, physical functioning had less impact than emotional functioning, which represents better treatments with less physical effects, since cancer patients tend to have more limitations in physical function, which worsens their quality of life.


Este estudio tuvo por objetivo evaluar la calidad de vida de pacientes con cáncer del tracto gastrointestinal en un hospital oncológico de Maranhão (Brasil). Se trata de un estudio transversal con enfoque cuantitativo, realizado en un servicio de oncología con pacientes en tratamiento, aplicando el European Organisation for Research and Treatment of Cancer Quality-of-Life Questionnaire (EORTC QLQ-C30) para evaluar la calidad de vida, los datos se analizaron mediante estadística descriptiva y prueba T considerando un nivel de significación del 5%. Participaron 51 pacientes del sexo masculino (62,7%), del grupo etario de 50 a 79 años (74,5%), el color pardo (86,2%), casado/unión estable (47,0%), católicos (52,9%), nivel de estudios primaria (58,8%) e ingresos de 1 a 2 salarios (58,8%). En cuanto a las variables clínicas, predominó el cáncer de estómago en el 58,8%, se diagnosticaron entre los seis meses y los dos años (52,9%). En cuanto al tratamiento, el 47,0% lo inició con hasta tres meses, el 72,5% estaba en el segundo tratamiento, el 94,1% realizaba quimioterapia, y en cuanto a los factores de riesgo, el 54,9% eran no fumadores, el 60,7% alcohólicos y el 49,0% no tenía antecedentes familiares de cáncer. En cuanto a los puntajes globales de salud, el promedio fue del 64,5%, el síntoma de insomnio del 39,2%, y en la escala funcional, el deterioro físico fue del 78,8%. La calidad de vida fue considerada satisfactoria por los pacientes. A pesar de esto, el funcionamiento físico tuvo un impacto menor que el funcionamiento emocional, lo que representa mejores tratamientos con menos efectos físicos, ya que los pacientes con cáncer tienden a presentar más limitaciones en la función física, lo que empeora su calidad de vida.


Subject(s)
Humans
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